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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Jogos Olímpicos - Rio 2016

Legado

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 vão muito além do esporte. O evento vai deixar um legado não só para o Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil, em diversas áreas – incluindo educação, cultura e sustentabilidade.

Fonte: https://www.rio2016.com/legado

Revezamento da Chama Olímpica mobiliza multidões pelas ruas de Belém.

Pedidos de fotos, de abraços e momentos de atenção e emoção entre fãs e ídolos do esporte e personalidades marcaram esta quarta-feira, 15 de junho de 2016, que entrou para a história da capital paraense com a passagem da chama olímpica pela cidade. Foram mais de 7 horas dedicadas ao revezamento da tocha, numa maratona que arrastou multidões por 32 quilômetros de percurso que culminaram com o acendimento da chamada pira olímpica num grande show no Portal da Amazônia.



No meio da multidão teve gente que mudou a rotina e até faltou trabalho para participar do momento histórico. Dona Lúcia Pereira, de 61 anos, moradora do bairro da Cabanagem, trabalha como serviço gerais mas saiu cedo de casa para garantir um lugar estratégico no Estádio Olímpico e ver de perto cada detalhe da passagem da tocha olímpica. “Se eu não fizesse esse esforço, sabe lá quando iria ter outra oportunidade dessas na vida”, disse entusiasmada sobre o momento que considerou único.
Centenas de pessoas foram até o Mangueirão prestigiar as apresentações culturais que antecederam o início do revezamento. Carimbó e guitarrada já anunciavam a grande festa que viria pela frente embalada no ritmo e na emoção dos 162 escolhidos para conduzir o fogo olímpico, no evento organizado pela Prefeitura de Belém, por meio da por meio da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), com o apoio do Governo do Estado.
De acordo com o titular da Sejel, Deivison Alves, “toda a programação ocorreu dentro do previsto e, felizmente, Belém entrou para a história da olimpíada no Brasil como uma das cidades que mais participou e se envolveu com a programação”.
Revezamento
Os jovens Victor Siqueira e Maria Vitória Egues, ambos de 13 anos, alunos da Escola Municipal Terezinha Sousa, foram escolhidos para acender a tocha e passar para as mãos do lutador de MMA Lyoto Machida, atleta que iniciou o revezamento. A escolha dos alunos se deu por meio de um concurso de redação que teve como tema O Brasil e os Jogos Olímpicos, realizado na própria escola.
“É uma emoção que estamos vivendo juntos e representando nossa escola. É uma grande honra participar desse momento, estamos trazendo a vibração dos amigos, nesse mix de emoções que é estar aqui”, declarou Vitória.
Lyoto Machida deu início ao revezamento por volta das 12h40. O símbolo foi repassado para outros atletas, artistas locais, nacionais e representantes da sociedade, escolhidos pelo Comitê Olímpico. Entre os participantes estiveram os artistas Pinduca, Liah Soares, Fafá de Belém, Gaby Amarantos e Gang do Eletro, além de atletas conhecidos nacionalmente como o ex-nadador Gustavo Borges e o ex-jogador da Seleção Brasileira, Denilson Oliveira.
Gaby Amarantos, declarou que fazer parte do grupo que conduziu a tocha foi muito especial. “Eu sou uma das madrinhas do time olímpico junto com grandes artistas e, há um ano, estou me preparando pra esse momento. Por isso, hoje é dia de festejar, de ‘tremer’ muito e representar minha cidade e o paraense que não vai poder estar nas olimpíadas, mas já começa a sentir esse espírito esportivo”, disse a cantora.
O ex-atleta e treinador de futebol Sinomar Naves, também escolhido para participar do revezamento, declarou o momento como um verdadeiro privilégio, por ser um dos 12.000 eleitos de todo o Brasil. “Agradeço a indicação da Sejel, por me permitir representar através deste gesto, todos os desportistas do nosso estado, principalmente aqueles anônimos que fazem um grande trabalho no esporte”, afirmou.
Percurso
A tocha percorreu 32 quilômetros pelas principais vias de Belém partindo da Augusto Montenegro, seguiu pela Almirante Barroso, Doutor Freitas, Duque de Caxias, Nazaré – onde recebeu as bênçãos com a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, Visconde de Souza Franco e vias do Centro Histórico, até chegar ao Portal da Amazônia.
Todo o trajeto recebeu orientação de homens da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e envolveu diversos órgãos de segurança como Guarda Municipal, Detran, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal. Ao todo, cerca de 300 agentes deram suporte ao evento. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) disponibilizou outros cerca de 730 profissionais de segurança e 50 viaturas distribuídas em todo o percurso.
Mais de três mil pessoas no Portal da Amazônia
Durante o revezamento a população de Belém deu um verdadeiro show de receptividade, com comemorações e muita vibração por onde a chama olímpia passou. Centenas prestaram homenagens e fizeram questão de participar daquele momento, mesmo que fosse por alguns poucos minutos. “Eu consegui pegar minha filhinha na escola e correr aqui para a Duque, para ver o comboio da tocha passar. É incrível como isso mexe com a gente e gera uma forte emoção”, relatou a dona de casa, Maria Aparecida Melo, de 36 anos.
Na chegada da chama ao Portal da Amazônia, último ponto do revezamento, o público já se concentrava à espera do símbolo olímpico aproveitando as apresentações eletrônicas de Dj’s. Por volta de 19h30, o fogo olímpico chegou à orla e foi conduzido pela Top Model Carol Ribeiro, que acendeu a pira olímpica, no palco. A programação seguiu ao som do Grupo Folclórico Trilhas da Amazônia, Banda AR15 e Jorginho Gomes e Banda. A despedida da tocha ocorre nesta quinta-feira, quando segue para o Amapá.
Texto: Karla Pereira
Foto: Adriano Magalhães / Eliza Forte / Uchôa Silva-Agência Belém 
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

sábado, 4 de junho de 2016

Projeto municipal de Educação Inclusiva ganha visibilidade nacional.

Desenvolver projetos que permitam a acessibilidade do aluno com deficiência na escola, dando condições e possibilidades para o seu desenvolvimento de forma equiparada aos demais alunos, é fomentar uma educação de qualidade a todos, com perspectivas de um futuro melhor, digno e cada vez mais inclusivo. Esse é um dos objetivos, por exemplo, do projeto “Circuito Mini Atletismo Inclusivo”, da unidade educacional Terezinha Souza, localizada no bairro Castanheira, que foi agraciado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, com a 2ª colocação no Prêmio Paratodos de Inclusão Escolar.
O Circuito Mini Atletismo Inclusivo é resultado do projeto Portas Abertas para a Inclusão, implantado na rede municipal em 2015, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Belém, Instituto Rodrigo Mendes, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Fundação Barcelona, instituição vinculada ao time espanhol de mesmo nome.
O projeto oportunizou a cada escola avaliar a melhor forma de incluir alunos com qualquer tipo de deficiência e a pensar em novas metodologias de trabalho, como jogos cooperativos, oficinas, palestras, atividades culturais e pedagógicas. “Nós decidimos levar adiante um projeto já desenvolvido aqui na escola e adequá-lo às novas metodologias. Foi aí que pensamos em mudar os paradigmas competitivos para uma prática pedagógica pautada nos princípios da inclusão”, explicou a diretora do Terezinha Souza, Cláudia Upton.
Cláudia ainda ressalta a felicidade em poder desenvolver um trabalho inclusivo cada vez mais aceito e reconhecido. “É importante esse reconhecimento, pois o trabalho realizado na rede municipal se dá de forma coletiva. Os investimentos na educação inclusiva têm sido tantos que de todo o país, apenas 15 capitais, incluindo a nossa, foram selecionadas para receber o Portas Abertas, o que resultou positivamente na evolução que os nossos alunos tiveram, e também no reconhecimento nacional de um trabalho desenvolvido com qualidade e comprometimento”, complementou.
Desenvolvido durante as aulas de educação física, o Mini Atletismo Inclusivo envolve todos os 518 alunos da unidade educacional, inclusive os 17 alunos com diagnósticos de deficiências intelectual e auditiva, paralisia cerebral, distúrbio de comportamento, hiperatividade, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e síndromes de Turner e de Down.
Evolução
Para Lílian Nascimento, doméstica e mãe do aluno Jhony Nascimento, de 5 anos, diagnosticado com paralisia cerebral, o momento é de alegria e muita comemoração. “A escola mereceu a 2ª colocação, pois este é um projeto que estimula o desenvolvimento psicomotor dos alunos com algum tipo de deficiência. Quando matriculei meu filho no Terezinha Souza não imaginava que ele fosse evoluir tanto. O Jhony não fazia nada e hoje já escreve, conversa e até participa de atividades físicas.Esse é um grande motivo para comemorar e mostrar para as outras mães que elas não devem perder as esperanças”, ressaltou emocionada.
Marcelo Castro, 12 anos, diagnosticado com deficiência intelectual, é outro aluno da escola que também participa de atividades físicas e apresenta grande evolução. “Eu quero que todos saibam da minha história como uma vitória, porque hoje consigo fazer o mini atletismo e gosto muito. Eu fico feliz nessa aula porque posso correr e pular junto com os meus colegas”, disse.
A atividades são realizadas na quadra escolar e com o apoio de todos os educadores, os estudantes são divididos em grupos para executar as seis estações que compõem o mini atletismo. As estações são de salto sobre a corda elástica, salto triplo, salto com agilidade, salto em distância, corrida com obstáculos, arremesso de peso, lançamento de cabo de vassoura, salto com vara de bambu e corrida de revezamento.
Professor de Educação Física, Itair Medeiros, explica que com a inclusão de alunos com deficiência os movimentos foram sendo criados durante a própria execução dos exercícios, conforme as necessidades do grupo. “Queremos permitir a participação de todos, então houve algumas mudanças e flexibilizações, como por exemplo, o salto, ao invés de atirar-se de um lugar para o outro, os alunos passam de um lugar para o outro, no lançamento antes o critério era de arremessar esferas com força e agora é de abandonar um peso em um determinado ponto, e na corrida o que conta não é mais o tempo e a velocidade mais sim a conclusão da estação”, detalhou.
As estações foram montadas com o uso de materiais de baixo custo e reutilizáveis, tais como pneus, garrafas plásticas, jornais, papelão, TNT, fita, saco plástico, barbante, cabos de vassoura, corda, varas de bambu, areia e tintas, e são identificadas com placas em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Compromisso
O comprometimento que a Prefeitura de Belém vem mostrando com a educação inclusiva vem aumentando a procura por vagas na rede municipal de ensino. Maykon Freitas da Silva, com paralisia cerebral, é um dos novos alunos da rede. As ótimas referências da Escola Terezinha Souza, justificam a escolha da mãe de Maycon ao matricular o filho na unidade. “Todos falavam muito bem das escolas do município, matriculei meu filho na unidade mais próxima que é aqui e não me arrependo. Em apenas quatro meses meu filho já se socializa com os demais, já anda de bicicleta e já participa da corrida de revezamento, e pra uma mãe isso não tem preço”, afirma.
Kaliel Gonçalves, 9 anos, é colega de Maykon e diz aprender com ele. “Nós aprendemos um com o outro, mas com ele aprendi o que é mais importante, a não desistir de nada, pois quando queremos é possível. E ele é meu colega e meu exemplo de superação”, revelou o estudante.
Investimentos
Os investimentos realizados na Educação Inclusiva resultaram no aumento significativo do número de alunos com algum tipo de deficiência matriculados na rede. Em 2013 o total de alunos com deficiência era de 483. Em 2015,chegou a 1.382. Já já em 2016 este número já chega a 2.260.
Das 73 escolas de ensino infantil e fundamental de Belém, 50 possuem as salas de recursos multifuncionais onde, duas vezes por semana, equipes formadas por psicólogos, fisioterapeutas, pedagogos, entre outros profissionais, exploram as potencialidades dos alunos, de acordo com cada limitação. Nas salas há mobílias, recursos de tecnologia assistida, como máquina braile, teclado adaptado, jogos e softwares, além de outros instrumentos que auxiliam no desenvolvimento escolar dos atendidos.
Além das salas de recursos, a Prefeitura entregou em dezembro de 2015 a sede própria do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), onde três vezes por semana os estudantes recebem atendimento educacional especializado com fonoaudiólogos, psicopedagogos e outros profissionais.
Nas escolas, os alunos contam com rampas de acesso, banheiros adaptados e placas sinalizadoras e ainda têm garantia de transporte através do ônibus escolares completamente refrigerados e adaptados com rampas elevatórias para pessoas com deficiência.
 Texto: Natasha Albarado 
Foto: João Gomes - NID Comus 
Secretaria Municipal de Educação (SEMEC)

Seminário para jurados do Arraiá da capitá- FUMBEL.

O Arraiá da Capitá começa só no dia 16 de junho, mas os preparativos para o tradicional concurso de quadrilhas juninas, promovido pela Prefeitura de Belém, já estão a todo vapor. Na noite de quinta-feira, 2, foi realizada a segunda parte do seminário para os jurados do Concurso de Quadrilhas Juninas e Misses Juninas. Iniciado na quarta-feira, 1, o seminário vai até esta sexta-feira, 3, e visa a orientar quanto aos critérios a serem avaliados em cada quesito, esclarecer dúvidas e garantir coesão na avaliação dos jurados.
Jurada no quesito Coreografia, Arianne Pimentel, de 29 anos, ressalta a importância desses três dias de preparação. “Esse é um momento de estudo e compartilhamento, em que é muito importante que haja esse alinhamento de ideias e julgamentos, para que não ocorram discrepâncias de avaliação”.
Arianne é formada em Dança e mestre em Arte pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e foi uma das duas pessoas selecionadas para julgar o quesito Coreografia. Serão avaliados, ainda, traje junino, marcação, conjunto e evolução das quadrilhas, sempre contando com dois jurados para cada quesito.
“Como professora de dança, é apaixonante participar desse evento, que se trata de uma expressão popular e cultural. Poucas quadrilhas têm um profissional de dança formado dentro do grupo, eles aprendem da observação. É algo que passa de geração em geração, e que não podemos perder”, afirmou Arianne, que espera ter a oportunidade de julgar grandes espetáculos este ano. Esta é a terceira vez que ela participa do corpo de jurados do concurso.
A escolha do corpo do júri partiu de uma seleção de currículos realizada pela Fundação Cultural do Munícipio de Belém (Fumbel), que ao final selecionou quatro pessoas para cada quesito e, deixou a critério dos representantes dos grupos juninos a escolha dos 11 jurados finais do concurso. Daniel Freitas de Araújo, bacharel em música pela UFPA e integrante do grupo vocal AMA e do Amazônia Jazz Band, também fará parte desta equipe, sendo o responsável por auxiliar os grupos na parte musical.
Para Francisco das Chagas Pereira, de 50 anos, com mais de 20 de carreira no mundo das artes plásticas e cênicas e um extenso currículo que inclui seis participações no júri do concurso junino promovido pela Prefeitura de Belém, o evento é uma das principais expressões culturais do nortista e que, por isso, não pode perder a identidade e tradição.
“A cada ano vejo coisas originais nas apresentações, um elemento novo, diferente, alegórico, essa é a essência do fazer popular. Mas acredito que mesmo que nos deixemos influenciar por outras culturas, precisamos manter a nossa, nos reconhecer”, disse Francisco, que julgará traje junino e revela ser criterioso na avaliação. “Avalio desde a utilização do material, composição, criatividade, utilização de materiais regionais ou não, até a escolha da adequação do traje para cada pessoa, pois tem que garantir mobilidade para desenvolver o espetáculo”, explicou.
Este ano o Arraiá da Capitá chega à 4ª edição e conta com 55 quadrilhas inscritas na categoria juvenil/adulto e nove inscritas na infanto-juvenil. Serão dez dias de festa, do dia 16 a 26 de junho, na praça Waldemar Henrique. Haverá ainda a tradicional escolha das misses juninas, com atenção para os quesitos beleza, traje junino, coreografia e conjunto.
Para a Fumbel, que organiza o evento, a expectativa é grande. “A praça Waldemar Henrique conta com toda a estrutura que precisamos para realizar um evento desse porte, e estamos prezando pela organização, daí a importância desse seminário, de manter um diálogo com os jurados, tirar todas as dúvidas, enfatizar a importância da pontualidade e da coesão nos critérios de julgamento”, disse a chefe da divisão de Artes Cênicas da Fumbel, Ruth Botelho. “Somos um dos poucos Estados que ainda mantêm viva a tradição junina na sua essência, prezando por um traje que represente a roça. Os trajes não podem virar carnavalescos, precisamos manter a tradição”, completou.
Nesta sexta-feira, 3, o seminário continua, os jurados se reúnem com o presidente da Federação Municipal de Quadrilhas Juninas de Belém (Femuq), Maurício Nassau, com um corógrafo e um estilista, que passarão as últimas informações antes do concurso.
Texto: Kennya Corrêa
Foto: João Gomes - NID Comus / Uchôa Silva/Comus 
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)